sexta-feira, 17 de julho de 2009

SONETO 27


Cansado do trabalho, corro ao leito

Para repousar meus membros exaustos de viagem;

No entanto, inicia-se uma jornada em minha mente,

Depois que a atividade de meu corpo cessa:

Assim, meus pensamentos (vindos de muito longe)

Começam uma lenta peregrinação até onde estás,

E fazem que meus olhos sonolentos não se fechem,

Encarando o negror que os cegos veem:

Exceto que a visão imaginária de minh’alma

Traz tua sombra invisível,

Que, como uma joia suspensa no escuro,

Adorna a noite turva, a renovar seus traços.

Vê! Assim, de dia, as pernas e, à noite, a mente,

Nem por mim, nem por ti, encontram paz.

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