sexta-feira, 17 de julho de 2009

SONETO 14


Não faço meus julgamentos pelas estrelas;

Embora conheça bem a astronomia,

Mas não para adivinhar o azar ou a sorte,

As pragas, as privações, ou as mudanças de estação;

Nem posso adivinhar o futuro próximo,

Dando a cada um a sua tormenta,

Ou dizer aos príncipes se tudo passará,

Predizendo o que apenas os céus podem trazer:

Porém, retiro a minha sabedoria de teus olhos,

E (eternas estrelas) neles entendo a sua arte,

Pois, juntos, vencerão a verdade e a beleza,

Se de teu próprio ser verteres o teu alento;

Senão, isto, eu prenunciaria:

Em ti toda a verdade e beleza findam.

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