sexta-feira, 17 de julho de 2009

SONETO 138


Quando minha amada jura ser verdadeira,

Eu a creio, embora saiba que ela mente;

E pense ser eu um jovem inconsequente,

Desconhecendo as falsas nuanças deste mundo.

Assim, em vão, pensando que ela me julgue novo,

Sabendo que meus melhores dias já se foram,

Simplesmente acredito em sua torpe língua;

Em ambos os lados, a mera verdade é suprimida,

Mas, quando ela não diz ser injusta?

E quando eu não digo que sou velho?

Ah, o maior dom do amor é parecer sério,

E, no amor, a idade não quer ser dita:

Assim, minto com ela, e ela comigo,

E mentindo, em nossos erros, nos deleitamos.

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